terça-feira, 16 de junho de 2020



CIRANDA
Dança de roda, cavalheiros por fora e damas por dentro, que desenvolve sua evolução na marcação do cantador.

É costume que os músicos fiquem dentro da roda para melhor organizar a dança. Durante o canto marcam-se as evoluções: "Balanceia", "volta e meia volta", "trocar de par", "continuar com o mesmo par", "olha a chuva", "olha a cobra", "é mentira", etc.

Homens e mulheres postados em volta da roda de dançadores aguardam o tumulto e a confusão criada pelos comandos "troca de par e mesmo par" para se misturarem aos dançadores e lhes roubar o par.

CANA-VERDE-DE-MÃO
Dança de origem portuguesa com características próprias no Brasil que a diferencia. Formam-se grupos de dois pares que, ao som da música, fazem evoluções: os homens dão uma volta em torno de sua dama tomando-a pela mão e em seguida se dirigem à dama do outro par e fazem a mesma evolução em sentido contrário. Dependendo da habilidade dos pares as evoluções podem ser mais aceleradas, mais lentas ou mesmo evoluir sem se tocar e à grandes distâncias.

CANA-VERDE-VALSADA
Os pares dançam abraçados fazendo evoluções normais de uma valsa.

CANOA
Música valsada na qual os pares dançam juntos por todo o tempo.

ARARA
É a mesma dança da Canoa na qual um dançador, sozinho e de chapéu à cabeça passeia entre os pares e na marcação do cantador: “Olha o arara, olha o arara, passa pra outro que o arara vai ficar”, coloca o chapéu na cabeça de um rapaz e passa a dançar com a sua dama. Assim a dança vai se repetindo e o último a ficar com o chapéu e sem dama é o arara, ou seja, o bobo.

MARCA DE LENÇO
É igual a dança do Arara, só que desta vez é uma mulher que fica sem par e leva sobre seus ombros, um lenço. Ao canto do estribilho coloca o lenço sobre o ombro de outra mulher e lhe toma o par para dançar.

FELIPE
É uma dança em que os pares evoluem pelo salão abraçados até que ao canto do refrão: “Quá, quá, quá, quá, quá, namora Felipe que não faz má”, os pares se separam e a dama segurando a mão do par, gira em volta de si mesma e torna a se abraçar com ele.

CARANGUEJO
Dança de roda na qual os pares dão-se as mãos, alternando-se homem e mulher, rodando pelo salão e obedecendo a marcação do cantador, batem os pés e as mãos, se enlaçam, rodam e os homens passam, adiantam-se para dançar com a dama à sua frente. Durante a evolução os dançadores evoluem para o centro e para fora da roda à marcação de “Olha a onda”.

Do livro "Roteiro do Visitante" de Diuner Mello, 2 edição, revista e ampliada Paraty, 2002.